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PREFEITURA FOI RIGOROSA DEMAIS, DIZ PRESIDENTE DA COOPERAUHTON
O presidente da cooperativa de ônibus Cooperauhton, Ednaldo Luís da Silva, afirmou que "se a prefeitura fosse rigorosa com todas as cooperativas e consórcios de ônibus como foram com a gente, não ia sobrar empresa de transporte público em São Paulo." A Cooperauhton foi descredenciada pela SPTrans no início da semana passada após ônibus da cooperativa se envolverem em três acidentes em menos de um mês.
No primeiro, em 12 de Setembro, uma roda traseira se desprendeu do veículo, atingindo e matando um homem em um ponto de ônibus. Depoi de doze dias, o eixo traseiro de outro coletivo da Cooperauhton se soltou, deixando duas passageiras feridas. No último caso, na quinta-feira retrasada, a roda de mais um ônibus da cooperativa se soltou e feriu uma adolescente de 14 anos.
Até a tarde da última quarta-feira, o presidente da cooperativa não havia comentado o descredenciamento.
- Não concordo com a atitude da Prefeitura. Poderiam ter dado uma oportunidade pra gente se adequar. Tínhamos um plano de reestruturação, manutenção e renovação da frota que era possível de ser cumprido no prazo estabelecido - disse Ednaldo.
Sobre a hipótese da Cooperauhton ter sido alvo de sabotagem, o presidente diz que aguarda os laudos de perícia dos acidentes para se pronunciar a respeito, mas não descarta a possibilidade. Quanto aos 3 mil funcionários da cooperativa, ele diz que parte deve ser recolocada, bem como 90 ônibus de sua frota, na Cooperpan, que assumiu algumas linhas da cooperativa.
- Vamos decidir em assembléia com os cooperados o que vamos fazer - aformou.
